Com Sérgio
Conceição suspenso, Vítor Bruno, adjunto portista orientou a equipa a partir do
banco e, no final, comentou o empate a uma bola, com o Santa Clara.
«Entrámos
bem no jogo, fizemos o golo logo a abrir, tivemos quatro ou cinco momentos de
dilatar a vantagem e, perto do final, o Santa Clara também chegou com perigo à
nossa baliza, num campo difícil em que tentámos circular a bola de forma rápida
para ligar o nosso jogo. O resultado aceita-se ao intervalo, apesar de que
podíamos ter ido para o balneário com uma vantagem maior. Depois, na segunda
parte, tentámos controlar o jogo, tivemos uma ou duas chegadas sem grande
contundência e, quando assim é, o adversário acaba por ir ganhando confiança
até ter empatado de bola parada, num lance idêntico ao nosso. Na fase final da
partida ainda tentámos chegar ao segundo golo, mas já sem grande clarividência»,
analisou o técnico adjunto de Sérgio Conceição.
ítor Bruno
não escondeu a desilusão, sobretudo após a goleada em Bruges e apuramento para
os oitavos de final da Champions: «O objetivo de seguirmos para a próxima fase
[da Liga dos Campeões] tinha sido atingido, o objetivo era agora saltar
degraus na humildade, mas os nossos jogadores caíram num lugar-comum, que é o
de guardar a vantagem num jogo que não estava resolvido, pelo que o adversário
empata com mérito.»
Ainda sobre
este tema, o adjunto acrescentou: «Lançámos o desafio aos jogadores de não cair
no mesmo erro como quando ganhámos ao Sporting e depois, em Vila do Conde
, foi o que se viu. Os jogadores deram a partida como praticamente ganha,
frente a um adversário muito competente na forma de defender, que se agarra a
tudo, porque o campeonato é muito competitivo e quando não estamos no máximo da
nossa capacidade, na conjugação de talento e capacidade de trabalho, fica mais
difícil. A capacidade de trabalho esteve lá, a espaços, e o talento, hoje,
houve muita gente que ficou aquém. Nem todas as partes estiveram ao nível que
queríamos e o resultado foi o que foi.»
Quanto ao
futuro, Vítor Bruno declarou: «Não podemos cair no erro de começar a olhar em
demasia para quem vai à frente. Temos de olhar para nós e focar-nos no que
temos de fazer. Já estivemos a sete pontos de distância e fomos campeões e já
tivemos sete pontos de vantagem e não fomos. Há que manter o pé no chão e, quem
veste de azul e branco, perceber que terá de dar tudo para tentarmos ser,
novamente, campeões.»

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